A IGREJA CATÓLICA UNICA E VERDADEIRA

Um dos grandes desafios mais gritantes dos tempos atuais da Igreja católica vem das errôneas ideologias difundidas pelas seitas protestantes. Cuidado nos alerta a segunda carta de são Pedro 2,2: "Muitos os seguirão nas suas desordens e serão deste modo a causa de o caminho da verdade ser caluniado". É difícil acreditar que alguém que divergem da fé católica e da tradição apostólica possam estar corretos. As divisões que os protestantes fazem com as famílias, porém, no entanto, "é necessário tapar-lhes a boca, porque transtornada famílias inteiras, ensinando o que não convém, e isso por vil espírito de lucro" (Thiago 1,11). Ao lado dos ministros de Deus, estão os falsos profetas, os apóstolos da mentira contra a verdade que parece de todo renunciado a glória eterna. Ainda que pareçam como bons cristãos aos olhos dos néscios, pregam o falso engano com toda palavra de desprezo. Estejam sobre alerta, cuidem-se: "Depois de termos recebido e conhecido a verdade, se a abandonarmos voluntariamente, já não haverá sacrifícios para e piar este pecado. Só teremos que esperar um juízo tremendo e o fogo ardente que há de devorar os rebeldes (Hebreus 10, 26-27). Não sabem eles, de sorte o apóstolo são Paulo disse: "Mas o que faço, continuarei a fazer, para cortar pela raiz todo pretexto àqueles que procuram algum pretexto para se envaidecerem e se afirmarem iguais a nós. Esses tais são falsos apóstolos, operários desonestos, que se disfarçam em apóstolos de Cristo, o que não é de espantar. Pois, se o próprio satanás se transfigura em anjo de luz, parece bem normal que seus ministros se disfarcem em ministros de justiças, cujo fim, no entanto, será segundo as suas obras" (2 Coríntios 11,12-15). Sabe-se, porém, estão presos à vontade de toda perturbação e de toda espécie de vícios; e para ver se pode precipitar algum crédulo, imprudente ou desavisado no laço dos seus enganos, não param de confundir os corações afim de afastar um grande número de fiéis da verdadeira fé em Cristo Jesus, com suas doutrinas falsas, exercendo a função sagrada do evangelho de Deus, de um modo indigno dos santos. Dai não é considerado de bom tom dar-nos ouvidos à "essas coisas, em vez de promoverem a obra de Deus, que se baseia na fé, só servem para ocasionar disputas" (1 Timóteo 1,4). Os protestantes aonde chegam, deixam suas obstinadas temosias no que dizem ensinar o que não se lê nas escritas sagradas: "Se o evangelho ainda estiver encoberto, está encoberto para aqueles que se perdem, para os incrédulos, cuja inteligência o deus deste mundo obcecou a tal ponto que não percebem a luz do evangelho, onde resplandece a glória de Cristo (2 Coríntios 4, 3-4). Quantos ainda tem seguido em suas crenças e com elas ganhado muito dinheiro. Muitos deles não têm qualquer compromisso com a glória de Deus. Não foi para isso que são Paulo nos tem advertido: "Rogo-vos, irmãos, que desconfieis daqueles que causam divisões e escândalos, apartando-se da doutrina que recebestes. Evitai-os! Esses tais não serve a Cristo Nosso Senhor, mas ao próprio ventre. E com palavras adocicadas e linguagem lisonjeira enganam os corações simples" (Romanos 16, 17-18). Usa apenas da fé cristã afim fabricar novas seitas, sem os dogmas, sem a moral, sem a litúrgia e com nenhum receio afirmam com astúcia não precisar dos sacramentos, apenas só se comprazem na ganância, falsificando em tudo a palavra de Deus com todo procedimento fingido e vergonhoso. Mesmo "assim haverá entre vós falsos doutores, que introduzirão disfarçadamente seitas perniciosas. Em consequência, a inteligência deles permaneceu obscurecida. Ainda agora, quando lêem os testamentos sagrados, um véu cobre-lhes o coração. Esse véu só será tirado quando se converterem ao Senhor" (2 Pedro 2, 1; 2 Coríntios 3, 14; 15-16). São dominadores que se empenham por anunciar o evangelho onde já se encontra anunciado o nome de Cristo, pois, querem edificar sobre fundamento lançado por outros. Apesar de tal desperdício de tempo e de gênio, não passam de um cristianismo usurpador, de um cristianismo sem Deus como foi dito: "Desleais, caluniadores, desassossego, cruéis, inimigos dos bons, traidores, isolantes, cegos de orgulho, amigos do prazeres e não de Deus, ostentarão a aparência de piedade, mas desdenharão a realidade. Dessa gente, afasta-te! Porque deste número são os que se introduzem pelas casas, e levam cativas mulheres néscias carregadas de pecados, atormentadas por toda espécie de paixões, sempre a aprender sem nunca chegar ao conhecimento da verdade. E como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes homens de coração pervertidos, reprovados na fé, tentam resistir à verdade. Mas não irão longe, porque será manifesta a todos a sua insensatez" (2 Timóteo 3,3-4). Enfim, todas estas desgraças foram escritas para advertência nossa, para nós que tocamos o final dos tempos. Na verdade, serão rebeldes a verdade e seguidores do mal, mais ministros da volúpia que de Deus. E para própria vergonha é o Senhor quem diz: "Seduzem o meu povo com suas mentiras e seus enganos. Mas eu não os enviei, não lhes dei ordens, e não são de nenhuma utilidade para este povo - oráculo do Senhor" (Jeremias 23, 31-32). Quanto a nós, consideramo-nos servos por amor de Jesus Cristo e não por interesse próprio onde sucubimos em completa penúria. E que façamos por destruir as falsas luzes das seitas protestantes, tão certos não possuem salvação, por que não fazem a vontade do Senhor e Deus os deixará ao desamparo e o fim que os espera será a perdição: "Há caminhos considerados retos pelos homens cujo fim mergulha até o fundo do inferno" (Provérbio 16,25).

SOBRE AS IMAGENS

"Advirta-se, porém, que nesta nossa doutrina, jamais queremos concordar com a daqueles perniciosos homens, que, obcecados pelo orgulho e inveja de satanás, quiseram subtrair aos olhos dos fiéis o santo e necessário uso das imagens de Deus e dos Santos, de modo a desviar os corações do culto que a elas é devido: não tratamos de abolir as imagens e impedir as almas de venera-las, como fazem eles. Nossos propósito é assinalar a infinita distância existente entre essas imagens e Deus. De tal maneira deve a alma usar delas, que lhe sirvam de meios para passar da imagem à realidade; e não se tornem obstáculo para impedir à alma o acesso deter-se em tais representações. Mais do que é necessário, assim como é bom e imprescindível o meio para chegar o fim, e, no nosso caso, as imagens para trazer a lembrança de Deus e dos Santos, assim também é impedimento e estorvo o mesmo meio, quando a ele nos apegamos. Se nos demoramos no meio mais do que o necessário, acharemos tanto obstáculos nele para o fim, como em outra qualquer coisa diferente. Com muito mais forte razão, insisto no desapego das imagens e visões sobrenatural, donde podem nascer muitos enganos e perigos. Quando à lembrança, venerados e estimam das imagens apresentadas aos nossos olhos pela Igreja, não pode haver perigo nem engano, porque a alma nelas estima só o que representam; e por este motivo só poderão trazer-lhe proveito. Efetivamente, a lembrança dessas sagradas imagens produz na alma o amor daquilo mesmo que figuram; e se a alma não se demorar nelas mais do que é necessário para este fim, sempre a ajudarão para a união divina, deixando o espírito livre para que Deus o eleve quando lhe aprouver, da imagem ao Deus vivo, no olvido de toda criatura e objeto criado. 

                 São João da Cruz (Séc. XVI)